sexta-feira, dezembro 20, 2024

Leituras 2024


 Foto Designer IA

As minhas leituras de 2024 das quais destaco

Daniel Kahneman, Olivier Sibony, Cass Sunstein - «O Ruido – uma falha no julgamento humano»

Talit Sharot – «A Mente Influente»

Francesca Gino - «Talento Rebelde»

James Clear – «Hábitos Atómicos»

Yuval Noah Harari - «21 Lições para o seculo XXI»

Robert Waldinger e Marc Schulz - «Uma Boa Vida»

Dacher Keltner - «O Paradoxo do Poder

Morgan Housel - «A Psicologia do Dinheiro»

Satya Nadella - «Faça Refresh»

Annie Duke - «Desistir»

Susan Cain - «Silêncio»

Dr. James Doty - «Dentro da Loja Mágica»

Paulo Finuras «As Outras Razões»

Mustafa Suleyman - «A Proxima Vaga»

David Brooks - «Como Ler as Outras Pessoas»

Dr. Bessel van der Kolk - «O Corpo Não Esquece»

O critério utilizado para a escolha dos livros, deve exclusivamente aos seus autores, investigadores de renome cuja temáticas, tais como os hábitos, as relações, o trauma, a recuperação e resiliência, pessoas e a felicidade, são temas recorrentes no meu trabalho. Desde 1993, dedico uma parte substancial, da minha longa carreira profissional à aprendizagem contínua a fim de prestar o melhor serviço de aconselhamento possível a todos aqueles que procuram na doença e na adversidade, encontrarem competências que lhes permitam navegar nos mares tempestuosos e vencer. O que seria de nós, se não houvesse problemas, defeitos, se não estivéssemos expostos à adversidade e/ou se não tivéssemos ajuda? Quando descobrimos a honestidade, quando definimos um sentido na vida, quando estabelecemos relações resilientes fazemos a diferença, pela positiva. As pessoas mais felizes gostam de pessoas.

 


sexta-feira, dezembro 06, 2024

Motivação para a Mudança - sentimento raiva

 

 


A violência é um comportamento irracional humano complexo e transversal na sociedade. Em cada um de nós, existe um potencial significativo de raiva, hostilidade, agressividade. Ao longo de mais três décadas de experiência profissional observei/observo esse comportamento irracional (cérebro – mecanismo fight ou fly) em pessoas que jamais pensávamos assistir. Indivíduos, homens e mulheres de “ar doce” tornarem-se agressivos. Há muito que decorre um debate científico inflamado sobre o comportamento violento; é resultado de fatores psicológicos, sociais ou biológicos. Investigação atual indica que violência resulta, de facto, de uma combinação dos três.

No tratamento dos comportamentos adictivos o sentimento de raiva e o ressentimento (gestão de conflitos e gestão da raiva) assumem destaque no plano de tratamento do individuo, quando existem evidências de passividade/agressão verbal, física ou emocional, quer seja durante a adicção ou também ao longo da vida.  Alguns indivíduos com comportamentos agressivos/passivos desenvolveram mecanismos psicológicos de forma ocultar, reprimir e a negar a raiva e o ressentimento incapacitando os a ser honestos consigo próprios e com os outros, consciente ou inconscientemente. Estes mecanismos servem, principalmente, para culpar os outros afastando-os de qualquer responsabilidade, alimentar egos (preconceitos sociais) direcionar o foco da raiva, das doses elevadas de adrenalina e cortisol a fim de reforçar a crença distorcida de que é preciso estar alerta porque o mundo não é um lugar seguro.

As pessoas agressivas/passivas costumam ter reações irracionais despoletadas, por “gatilhos”, devido a sentimentos de injustiça reais ou cenários imaginários e repisam/ruminam os pensamentos incessantemente, assim como, ficam frequentemente emperradas em certas ideias fixas distorcidas ou comportamentos impulsivos. Também costumam interpretar as situações, com um grau de critica excessiva reagindo impulsivamente. Existem indivíduos com longo historial de problemas com agressividade e o abuso de drogas e álcool, jogo patológico, problemas com figuras de autoridade, passividade, incapacidade de aceitar críticas, relações tóxicas, violência doméstica, problemas com a justiça, indivíduos institucionalizados (exemplo, cadeia, estabelecimentos de apoio a crianças), trauma, comportamentos antissociais, ruminar ideias (vingança), problemas familiares disfuncionais, problemas de impulsividade no local de trabalho (colegas, direção, chefia, questões de género, etc.)  depressão e ansiedade. Evitando estereótipos, os homens e a agressividade está associada a comportamentos físicos, irracionalidade, ameaça ao estatuto (macho) e impulsivos (adrenalina, cortisol). Enquanto nas mulheres a agressividade é reprimida e manifestada de uma forma mais impercetível e indireta, por exemplo, evitam o confronto direto, partilham com os seus pares (boatos), criam ligações e argumentos que servem para ruminar (ideias de vingança). Todavia, existem homens e mulheres agressivos e impulsivos.