segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Reflexão construtiva sobre a mudança
Encontrei esta fotografia e fiquei pensativo sobre as consequencias dramaticas da adicção na vida de ambos artistas e das suas familias, incluindo as crianças. De que forma a morte destas duas pessoas, ambos pais, vão marcar a vida dos seus filhos?
Pessoas talentosas que influenciaram toda uma geração acabam por ser vitimas de um problema que afecta milhões de pessoas em todo o mundo. Este tipo de tragedia não acontece só aos "marginais", aos desfavorecidos pode acontecer qualquer pessoa que esteja vulneravel.
O que é que ambos artistas podiam fazer a fim de evitar este desfecho prematuro e trágico nas suas vidas?
Este foto serve para refletir sobre o Rumo da vida. Podemos mudar de atitudes e comportamentos, o processo de desenvolvimento e transformação não é estatico, pelo contrario, altamente dinâmico. A vida não cristaliza, mas nós humanos podemos cristalizar
Withney Houston (1963 - 2012)
Michael Jackson ( 1958 - 2009)
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Doença ou comportamentos marginais?
A doença da adicção
permanece um problema de saúde complexo, todavia só nos últimos vinte
anos foi possível, graças à investigação nos EUA, compreender uma parte muito
significativa do problema.
A adicção
afecta a saúde do indivíduo, da família, incluindo das crianças, a qualidade de
vida e o trabalho.
Ninguém escolhe
ser doente (adicto/a). Não é um acto voluntario.
Ser adicto/a
não significa ser marginal, ser fraco, “ovelha negra”, ser diferente e anormal
(estigma e negação).
Através do
tratamento é possível interromper a progressão da adicção, permitindo assim ao indivíduo,
responsabilizar-se pela sua recuperação. Todavia, tal como acontece com outro
tipo de doenças crónicas é possível haver recaídas e deslizes.
Conceito actualizado sobre a Adicção (Dependências)
Segundo a
Sociedade Americana da Medicina da Adicção[i] a adicção é uma doença
primária, crónica que interfere e afecta o sistema/estrutura do cérebro
responsável pelo prazer, pela motivação e memoria e os circuitos neuronais
adjacentes. Sabe-se que uma alteração e disfunção destes circuitos neuronais
conduzem ao aparecimento de sintomas a nível biológico, psicológico, social e
espiritual no indivíduo, que se reflecte na busca e recompensa patológica do
prazer e alivio, através do consumo de substâncias psicoactivas (lícitas e/ou
ilícitas) e/ou outros comportamentos (exemplo, jogo). Por outras palavras, a
Adicção funciona como uma “almofada” perante determinadas situações e
adversidades ao longo da vida do indivíduo.
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
As aparências podem iludir
Jazmín de Grazia (04 de Julho de 1985 / 05 de Fevereiro de 2012
Uma notícia no jornal (JN)de 07 de Fevereiro, atraiu a minha
atenção, o título referia o seguinte “Modelo argentina afogou-se na banheira.
Jazmín de Grazia, de 27 anos, foi encontrada morta em casa pelo namorado. Droga
pode ser a causa.”
Após pesquisar, pela internet, soube que Jazmín após a sua
participação num reality show argentino, na altura com 18 anos,
tornou-se modelo, mais tarde chegou a ser capa da revista Playboy, também era apresentadora de vários programas de televisão.
Mais um caso, de uma jovem que alcançou o estrelato, de rápida ascensão, através
dos tão badalados e afamados programas denominados reality show. Todavia,
com um trágico desfecho aos 27 anos.
De acordo com a notícia, teria sido encontrado restos de
cocaína no seu apartamento, todavia a autópsia revelou que a causa da morte foi
“asfixia devido a imersão na água”. Foi também referido que Jazmín terá deixado
uma mensagem no espelho da casa de banho, afirmando “Vocês não têm culpa que
este mundo seja tão feio.”
Evitando especular sobre as causas da morte desta rapariga
gostaria de realçar o fenómeno, sobejamente conhecido, sobre a vulnerabilidade
dos jovens em relação ao flagelo associado ao consumo e abuso das drogas
lícitas, incluindo o álcool, e/ou ilícitas.
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
Pedidos de ajuda que quebram o estigma, a negação e a vergonha II
Pequenos excertos sobre pedidos de ajuda recebidos por email, sendo posteriormente enviadas as respectivas respostas. Todos os dados pessoais foram alterados de forma a manter a confidencialidade dos seus intervenientes. Se identificar com alguma situação e ou comportamento em concreto pode escrever um email e solicitar apoio.
A publicação destes pequenos excertos tem como propósito quebrar o ciclo disfuncional associado ao estigma, à negação e à vergonha. Na sociedade de hoje, é cada vez mais comum o aparecimento deste tipo de problema e questões entre pessoas e famílias. Por vezes, a distancia, entre pessoas com problemas idênticos, pode ser uma porta, um prédio e/ou uma mesa do escritório. A ajuda surge quando o ciclo disfuncional adictivo é interrompido.
Pedidos de ajuda
"Chamo me R. tenho 38 anos e após muitos anos de uso álcool, cocaína e crak, resolvi deixar de consumir tais substancias, porem, somente o álcool ainda está presente. Por vezes fico sem beber, entre um a dois meses, porem quando retomo faço-o exageradamente. No dia seguinte não consigo dormir, e às vezes, chego a ficar sem dormir várias noites seguidas, tendo que me socorrer de medicação, que me causam mau estar, irritação e sensação de cérebro pesado. O que é que posso fazer para amenizar esta situação? Obrigado pela atenção."
"O meu nome é T. e tenho 27 anos. Vou fazer este mes três anos que tenho uma relação com o meu namorado e vivemos juntos há quatro meses. Ele vem de um meio boémio, em que todos os amigos fumam, bebem e inclusivamente em casa, o pai é uma pessoa considerada alcoólica. Desde que fomos morar juntos ele deixou de frequentar os cafés com os amigos depois do trabalho, mas a verdade é que ele continua a beber ao longo do dia. A situação está a tornar-se bastante insuportável, com a violência das palavras e dos actos, com as constantes mudanças de humor. Ele é uma pessoa fantástica, que gosta de trabalhar, gosta de ajudar em casa, mas quando está mais sob o efeito do álcool fica uma pessoa insuportável. O que é que posso fazer?"
"Chamo-me L. e encontrei o seu site e achei-o muito interessante. Vivi durante sete anos com um ex-toxicodependente. A nossa relação começou precisamente na fase em que ele estava a tomar metadona, embora essa situação me tenha sido escondida. Dávamo-nos muito bem, pois ele era muito atento, carinhoso. Decidimos viver juntos, contudo, quase como de um dia para o outro ele mudou, deixando de ser a pessoa carinhosa e amiga do início da relação, tratava-me muito mal, alheava-se da minha presença, via televisão horas e horas a fio, irritava-se facilmente, assumindo como um insulto qualquer crítica, partia coisas em casa quando a minha conversa não lhe agradava e chegou a bater-me, não revelava qualquer preocupação para com os meus sentimentos e raramente me procurava sexualmente. Aguentei isto durante sete anos, coisa tola - amava-o e nem percebo o porquê. Será que foi tudo uma mentira? Se me puder responder agradeço. Preciso de ajuda."
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