quarta-feira, outubro 28, 2020

A felicidade e a auto estima



200ª Dica Arte Bem Viver

Olá,

Será possível ser feliz caso não tenhamos a autoestima a um nível razoável? Na minha opinião, podemos ser felizes, mas não seremos o suficiente. Em prol da arte de bem-viver, precisamos de dar o nosso melhor possível. Iremos ver porquê.

Segundo a Mayo Clinic, conceituada instituição norte americana, afirma que se possuirmos baixa autoestima, isso não significa o fim do mundo, pelo contrário, podemos aproveitar os pensamentos, as crenças negativas e os sentimentos a fim de compreendermos e melhorarmos a forma como nos avaliamos.

A baixa autoestima pode afectar, praticamente, todas as áreas da nossa vida, incluindo, as relações, o trabalho e a saúde. Entretanto podemos fazer algo que vise estimular a autoestima.

Pense em situações ou questões que afectam negativamente a autoestima: Alguns exemplos.

  • Problemas no desempenho profissional.
  • Autoconceito/sistema de crenças negativas (vergonha, trauma)
  • Gestão de conflitos e falta de assertividade.
  • Dificuldades na comunicação/relacionamento com a esposa/esposo, namorada/o, colegas de trabalho/patrão, ou outra pessoa significativa.

Algumas dicas importantes:

Identifique pensamentos automáticos e crenças negativas

Depois de identificar a situação preocupante, imediatamente a seguir, preste atenção aos pensamentos automáticos negativos. Por exemplo; o que é que você diz a si próprio sobre a situação preocupante? Qual é a sua interpretação da situação?

Os seus pensamentos automáticos podem ser positivos, negativos ou neutrais. Também podem ser racionais, baseados em factos concretos e na razão ou baseados em falsas ideias e irracionais.

Desafie os pensamentos automáticos negativos ou vagos

Quando aborda uma situação preocupante, você sabia que para além dos pensamentos automáticos negativos existem outras opções? Nesse sentido, teste a precisão dos pensamentos. Pergunte a si mesmo, se a interpretação e a perspectiva, no momento, são consistentes com os factos e a lógica ou se existem outras explicações mais plausíveis para a situação. Por exemplo, você desenvolve pensamentos catastróficos, dramáticos e rígidos? Ou o oposto, pensamentos flexíveis, fácil compreensão e em conformidade com os factos.

A princípio poderá ser difícil identificar as imprecisões na interpretação. Permaneça atento. Algumas crenças, com um longo histórico, podem soar a algo normal (a única opção) e familiares, embora a maioria possa ser apenas opiniões e percepções imprecisas

Nesta fase, faça uma actualização sobre os pensamentos negativos e imprecisos e os pensamentos positivos e reais. Através de:

Reajuste os pensamentos e as crenças

Mime-se e cuide de si. Utiliza a esperança, em vez da preocupação. Sabia que a esperança é um factor poderoso de motivação para a mudança? Mais poderoso que o medo. Transforme os pensamentos preocupantes em pensamentos que reforçam a gratidão. O pessimismo pode tornar-se numa profecia. Por exemplo, se você dedica muito tempo a interpretar o seu desempenho como algo sem valor, o resultado do esforço não será uma surpresa positiva, pelo contrário. Faça este tipo de afirmação: “Apesar de ser difícil, irei conseguir lidar com o problema o melhor possível.”

Aprenda a perdoar-se. Todos nós cometemos erros. Os erros não são uma consequência ou um rótulo permanente e infalível de si próprio. São consequências de decisões/opções isoladas do momento. Faça este tipo de afirmação: “Cometi um erro, mas isso não faz de mim uma pessoa idiota.”

Evite afirmações que comecem com “Tenho…” ou “Devo…”. Você considera que utiliza com muita frequência as palavras “Tenho…” ou “Devo…”? Na realidade, isso pode significar que está a exigir demasiado de si próprio ou das outras pessoas. Retire estas palavras do seu vocabulário e poderá surpreender-se com o efeito nos seus pensamentos, proporcionar-lhe-á expectativas/ideias mais realistas e logicas.

Concentre-se no positivo. Reflicta sobre os aspectos positivos da sua vida. Recorde-se das coisas boas que tenham acontecido recentemente. Identifique as aptidões/competências individuais e sociais utlizadas em situações difíceis.

Adopte uma abordagem diferente sobre pensamentos preocupantes. Em vez de reagir negativamente, aos pensamentos preocupantes, considere essas situações como uma oportunidade para experimentar novas e saudáveis formas de pensamento (padrões/automatismos positivos). Experimente desafiar as suas crenças negativas: “Como é posso mudar os pensamentos de forma a atenuar os níveis de stress?”

Procure incentivar-se. Quando conseguir pequenas mudanças, nos padrões de pensamento/crenças, conceda a si próprio uma gratificação – “palmada nas costas” devido ao empenho. Por exemplo: Imagine que o seu director o encarregou de fazer uma apresentação aos seus colegas sobre um tema difícil. No final da apresentação, você pensa: “A apresentação podia ter corrido melhor, mas mesmo assim, os meus colegas mantiveram-se atentos, no final fizeram perguntas e isso significa que apesar de não ser perfeita, atingi o meu objectivo.”

É importante termos em conta o seguinte, quando falamos em autoestima, não estamos a referir ao culto do ego.

«Uma verdade só é verdade quando levada às últimas consequências. Até lá não é uma verdade, é uma opinião.» Vergílio Ferreira, escritor.

Considera que esta dica pode ser útil a alguém? A um familiar? A um/uma amigo/a? Colega de trabalho? Partilhe.

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Cumprimentos.

 

 


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