quarta-feira, julho 30, 2014
Ao contrario do que se pensa, é possível recuperar da adicção
Suicídio: um acto silencioso e isolado fundamentado em
sentimentos temporários e dolorosos.
Acompanhei inúmeras pessoas que durante uma fase atribulada
e dolorosa das suas vidas, afectadas pela adicção activa, contemplaram o
suicídio. A adicção é uma doença que na sua génese gera imenso sofrimento, isolamento
e que precisa de ser tratada; não é uma questão moral ou fraqueza, mas um
problema de saúde, tal como muitos outros. Após ultrapassarem essa
fase adversa, essas são pessoas, hoje, não menosprezam as lições do devir. A
maioria de nós, nos momentos atribulados de dor intensa, questiona a existência
angustiada e atormentada, mas depois de transpor estes sentimentos dolorosos,
ficamos mais lúcidos e conscientes das nossas limitações. Apesar de precisarmos
de aprender a viver com a dor, podemos e conseguimos mitigar o sofrimento e o
isolamento. Como bem sabemos, e por vezes ignoramos, o ego inflamado pode
conduzir-nos às nuvens, mas quando fica dorido, também pode arrastar-nos para a
escuridão.
É um mito considerarmos que o suicídio é um "acto de
cobardia ou de coragem". A fim de esclarecer melhor esta questão, podemos
fazer esta analogia; decidir matar outra pessoa só por não gostarmos dela nunca
será considerado um acto de coragem ou cobardia. Podemos aplicar a mesma logica
ao suicídio; fazer mal a nós mesmo, quando nos sentimentos angustiados e deprimidos,
também nunca será um acto de cobardia ou coragem. Qualquer pessoa que pense no
suicídio estará naquele período de tempo, a viver uma vida atormentada e em
sofrimento atroz. Para todos os efeitos, está doente e debilitada. Como é que
gerimos os nossos sentimentos quando nos sentimos impotentes perante a angústia
e o tormento? Quando sentimos que estamos sós e rejeitados?
“Não tome decisões permanentes, sobre sentimentos
temporários.”
Saiba mais sobre a dor e o suicídio. SOS Voz Amiga Você não está sozinho/a
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