Características da Resiliência *(tradução)
- Locus de controlo interno
- Auto estima elevada e sentido apurado de auto eficácia
- Objectivos pessoais definidos e específicos
- Propósito e sentido no rumo da Vida
- Aproveitar experiência de sucesso do passado e converte nos
desafios do presente
- Canaliza a energia do stress
para desafiar/reforçar as competências individuais e sociais
- Utilização do humor, da paciência, da tolerância e otimismo
- Capacidade de adaptação à mudança
- Abordagem dos problemas orientada para a acção. Ex. Focado
nas soluções em vez dos problemas
- Relacionamentos significativos e capacidade em pedir ajuda.
- Fé
·
Fonte:
Connor, KM (2006) Assessment of Resilience in the Aftermath of Trauma. J. Clin.
of Psychiatry
Comentário: O conceito de resiliência foi introduzido e
explorado, há 50 anos, por duas psicólogas (Emmy Werner e Ruth Smith)
especializadas no trabalho infantil, todavia só mais tarde a resiliência foi adotada
aos comportamentos do ser humano, antes era um conceito utilizado na Física.
Apesar de a Resiliência, na psicologia, ser um termo recente
e em estado embrionário, em Portugal, todavia, já é estudado em vários países,
nomeadamente nos EUA, há mais de vinte anos. Por cá, estamos a dar os primeiros
passos, tímidos.
Para todos os efeitos, a adicção é uma doença involuntária,
primaria, cronica e progressiva, que afecta e compromete todas as áreas da vida
do individuo (individual, saúde, familiar, profissional: desta forma o individuo,
e aqueles com quem ele/ela se relacionam, estão sujeitos a situações traumáticas,
e em alguns casos trágicas.
Se você está em recuperação, identifica, em si, alguns dos
itens acima apresentados? Alguns indivíduos conseguem permanecer longos períodos
em abstinência/recuperação, nesse sentido, estou em crer, que apesar do trauma
da adicção activa do seu passado, eles/elas respondem à dor, à ansiedade, à
depressão, à vergonha toxica e ao isolamento de uma forma criativa geradora de
um estilo de vida com qualidade; fazem o seu melhor possível perante cada
desafio; adaptam-se e reinventam-se. Conheço algumas pessoas que passaram por infâncias
traumáticas e abusivas, mais tarde, desenvolveram comportamentos adictivos, têm
todos os motivos, de acordo com paradigmas da nossa sociedade, para serem
marginais e indivíduos problemáticos, todavia, após terem recebido ajuda
profissional e interrompido a progressão (compulsividade) da adicção activa,
hoje são indivíduos perfeitamente integrados na sociedade, membros de família e
dignos. Devemos aprender com eles e uns com os outros. A resiliência é espiritualidade,
não religioso, sem dogmas e divindades, em acção.
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